Manifestantes realizam protesto contra derrota de Bolsonaro na Av. Fernandes Lima / Foto: Cedido
É uma pergunta retórica - porque eu sei a resposta.
Contei aqui, numa crônica de domingo, que fui abordado em uma farmácia, no ano passado, por um homem jovem de fala escorreita.
Ele me perguntou o que eu achava do Tratado do Apocalipse, “que o nosso presidente não quis assinar”.
Perguntei de volta onde ele havia ouvido aquilo. O homem me respondeu que recebeu "várias mensagens” no seu grupo de WhatsApp, e me explicou que o tal tratado era “da ONU e da OMS”.
- Para acabar com o mundo?!
- É claro!
E eu entendi, então, a gravidade da situação a que havíamos chegado.
Agora, ao me deparar com a série de denúncias de picaretagem de Bolsonaro e turma – além das tantas que já sabíamos quando ele estava na presidência -, sou levado, instintivamente, a me perguntar se alguém ainda acredita na sua inocência.
Mas eis que, ato contínuo, lembro-me do homem da farmácia.
Para isso, ao que parece, ainda não encontramos remédio.
Por: Cada Minuto