O paciente Enderson Kauã Sousa, de 5 anos, se transformou na alegria da Pediatria do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Ele chegou à unidade hospitalar abatido e sem conseguir se locomover, devido a uma insuficiência renal aguda. Após três meses internado e, em intenso tratamento, o pequeno recebeu alta médica, parecendo agora ser outra pessoa, uma vez que, além de conseguir andar, deixou a unidade sorrindo e brincando com todos, inclusive, pedalando um triciclo infantil, que o auxiliou no retorno dos movimentos das pernas.
A perda dos movimentos ocorreu devido ao problema renal, com o agravamento da necessidade de hemodiálise. A criança já não andava, segundo explicou o fisioterapeuta do HGE, Allyelson Teles, que integrou a equipe multidisciplinar que cuidou de Enderson Kauã Sousa.
“A hemodiálise é um tratamento que acarreta diversas complicações nos sistemas muscular, metabólico e cardiorrespiratório, comprometendo a funcionalidade e força muscular periférica do paciente”, relatou o profissional.
Segundo detalhou o fisioterapeuta do HGE, o sistema muscular é gravemente afetado. E, devido a essa perda de força, principalmente pela hipotrofia muscular, os pacientes apresentam uma capacidade aeróbica relativamente baixa, que leva ao rápido e progressivo descondicionamento físico. Por isso, o exercício físico é de extrema importância, visto que esses indivíduos apresentam uma grande redução do condicionamento físico.
“A reabilitação fisioterápica minimiza os impactos na qualidade de vida do paciente e o exercício surge como uma opção para capacitar o corpo para as atividades diárias. No caso do Enderson, trabalhamos capacitando-o diariamente, pois essas atividades não podem ser feitas sem medição de parâmetros de intensidade, frequência e duração, de forma individualizada e com avaliação da equipe multidisciplinar”, alertou Allyelson Teles.