Um motorista de aplicativo, de 21 anos, confessou ter matado a mulher trans alagoana Anna Luiza Panteleão, de 19 anos. O corpo da vítima foi encontrado às margens de uma rodovia, em São Paulo, nesta terça-feira (19/9).
Anna Luiza era natural de Pão de Açúcar, interior de Alagoas, onde a família dela mora. Segundo informações, ela trabalhava como garota de programa e estava residindo em São Paulo. Na cidade paulista, a jovem estava desaparecida havia 15 dias.
Em depoimento, um motorista de aplicativo, o principal suspeito do crime, que estava preso temporariamente há cinco dias, confessou ter matado a alagoana.
Segundo o homem, ele estava trabalhando em uma madrugada, quando resolveu contratar os serviços de garotas de programa. No entanto, ao ver Anna Luiza, ele não esperava que ela fosse uma mulher trans, motivo pelo qual desistiu do serviço.
Ainda segundo o motorista, a jovem estava alcoolizada, e se revoltou com a recusa, sacando um canivete de sua bolsa. Os dois acabaram entrando em uma luta corporal, onde a alagoana foi ferida no pescoço com o objeto. O homem alega legítima defesa.
“Quando ele percebeu, desistiu do programa, e foi essa a revolta dela. Ela estaria alcoolizada, alterada, entrou em luta corporal com ele dentro do veículo e teria sacado da bolsa um canivete. E, nessa luta corporal, ele tomou o canivete e acabou dando um golpe no pescoço da vítima”, disse o delegado Marcelo do Prado, do 1º DP, que investiga o caso.
Após o ocorrido, o homem relatou que levou o corpo de Anna Luiza para um motel, em um município vizinho, com o objetivo de enrolá-lo em um lençol e levá-lo para um local baldio.
“Ela morreu minutos depois de entrar no carro, ele parou numa rua escura, onde essas moças fazem programa. Lá, ele a matou, e, ao invés de procurar a polícia, ele se dirigiu para Santana de Parnaíba, município vizinho, entrou no motel com ela morta, para se apoderar de um cobertor e enrolar o corpo que ainda sangrava, de onde se dirigiu até Pirapora, onde deixou o corpo”, explicou o delegado.
O motorista continua preso após a confissão. Ele foi a última pessoa a ter contato com a vítima, conforme as evidências colhidas em câmeras de segurança e na quebra de sigilo telefônico.
Agora, a polícia investiga mais a fundo o crime e aguarda o resultado pericial realizado no veículo do suspeito e na vítima, para confirmar se houve ou não relação sexual entre a jovem e o suspeito, antes ou depois do assassinato.
Por: Br104