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MULHER ATACADA A GOLPES DE MARRETA COM FILHA E SOBRINHA MORRE NO HOSPITAL

 

Natasha Albuquerque, de 30 anos, morreu neste domingo — Foto: Reprodução/Redes sociais




Natasha Albuquerque, de 30 anos, morreu na tarde deste domingo. Ela era a única sobrevivente do ataque que tirou a vida de Luísa Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, e Ana Beatriz, de 4 anos, no último dia 23. O principal suspeito do crime, David Souza Miranda, de 39, era pai de Luisa e foi preso enquanto tentava fugir. Depois do crime, ele colocou fogo na casa onde elas estavam. Natasha era sua ex-cunhada e teve 90% do corpo queimado. Segundo as investigações da polícia, David cometeu o crime para se vingar da sua ex-mulher, Nayla Maria de Albuquerque.

— Infelizmente não tínhamos muito o que esperar. Ela não teria uma vida digna se sobrevivesse. Pelo menos agora ela parou de sofrer. Apesar da tristeza, já estávamos esperando essa notícia — disse o primo Alexander Gomes.

Nas redes sociais, ele postou uma homenagem à Natasha:

"Você foi muito forte, prima. Lutou pela sua vida com tanta coragem, mesmo os médicos dizendo que era impossível você ainda estar viva. Você resistiu até o seu limite. É uma pena perder alguém dessa forma, espero que nenhuma família tenha que passa por essa for, mas agora você está em um lugar descansando. Nós te amamos", escreveu ele.


Crime brutal

À polícia, Nayla disse que David insistiu para ver a filha no dia do crime. Por isso, eles teriam combinado de a menina ir à casa dele às 22h na companhia da tia Natasha, a única pessoa adulta da família que podia ter contato com ele, e da prima Ana Beatriz. No local, o homem teria agredido as três com golpes de marreta e, posteriormente, ateado fogo na casa.

Um vizinho de David contou à polícia que chegou a entrar na casa para socorrer as crianças. No local, ele disse que encontrou a menina mais nova com as pernas amarradas na cama, com o corpo queimado, mas ainda viva. Segundo ele, a mais velha, Luisa, não respondia mais a nenhum estímulo e já parecia estar morta. Segundo a testemunha, Natasha estava em um sofá na sala, "toda queimada e não falava nada". Ela segue internada em estado grave.

Cerca de duas horas depois do crime, de acordo com o depoimento de Nayla, David teria ligado, dizendo que ela: "tinha causado uma desgraça na família e que sua filha tinha implorado para não morrer". A frase faz menção às denúncias feitas por ela à polícia sobre as agressões sofridas contra ele, que era "agredida fisicamente durante todo o relacionamento". Além disso, contou que a filha Luísa Fernanda assistia às cenas de agressão e também era vítima dele. Segundo Nayla, em uma ocasião, David teria batido em Luísa de tal forma que a menina ficou com a perna roxa. Ele dizia que era uma maneira de corrigi-la.

Nayla conta que soube do incêndio por meio da facção criminosa que domina a comunidade onde mora. Ela relatou ter ficado preocupada com a demora da irmã e das meninas à sua casa e que, por isso, pediu aos traficantes que fossem até à casa de David. No local, testemunhas disseram que duas crianças e uma mulher haviam sido levadas, em estado grave, a hospitais. No Albert Schweitzer, soube que a filha havia chegado sem vida.


Fonte: O GLOBO



















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