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MAIS DE 200 PÁSSAROS RESGATADOS EM CATIVEIRO SÃO DEVOLVIDOS À NATUREZA

 

Os animais resgatados são levados para Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). : Assessoria


Os 230 pássaros resgatados de cativeiro pela equipe de fauna da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI), no Agreste de Alagoas, foram devolvidos à natureza na última quarta-feira (1°).

Ao todo, 407 animais silvestres foram apreendidos. O trabalho de resgate e conscientização da população acontece desde sábado (27), nas cidades de Santana do Ipanema, Olivença, Monteirópolis, Major Izidoro, Palmeira dos Índios e Traipu.

Os 230 pássaros das espécies Rolinha-fogo-apagou, Galo-de-campina, Tico-tico, Caboclinho, Tiziu, Cravina, Extravagante, Xexéu e Sabiá, entre outras, foram devolvidos ao seu habitat depois de receberem avaliação por biólogos, médicos veterinários e zootecnistas. Os animais resgatados são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde passaram por tratamento e reabilitação.

O coordenador da Equipe Fauna da FPI explicou os impactos ambientais que a captura desses animais causam na natureza, além de ressaltar a importância das aves para o equilíbrio da biodiversidade local.

“A cultura da criação de animais silvestres, principalmente aves, ainda é muito forte no interior de Alagoas. A FPI é importante para reforçar o combate ao crime contra esses animais e também para informar para as pessoas que, caso queiram criar animais silvestres, elas podem se cadastrar como criador amador, buscar a legalização junto ao IMA. Nesse caso são aves, criadas desde novas em ambiente doméstico, com a devida documentação legal e o mais importante, sem captura na natureza e prejuízos a biodiversidade”, explicou.

As ações foram realizados em parceria com os profissionais do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ministério Público do Estado (MPAL), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto para a Preservação da Mata Atlântica (IPMA) e SOS Caatinga.

“O principal fator de manter animais silvestres em cativeiro, é o prejuízo ambiental. Uma vez que, ao capturarem os animais, as pessoas causam um desequilíbrio no ecossistema. Ao considerar que cada grupo ou espécie de animal realiza diferentes formas de interações com meio ambiente, poderá uma ou diversas áreas terem prejuízos ecológicos”, disse o coordenador.

A Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do Rio São Francisco) iniciou a sua 13ª etapa de ações em defesa do Velho Chico e da população ribeirinha localizada no Estado de Alagoas.

Ao todo, 28 instituições/órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada compõem a FPI do Rio São Francisco. Eles são divididos em 13 grupos, conforme a finalidade da fiscalização: 1) Extração Mineral e Resíduos Sólidos; 2) Produtos de Origem Animal; 3) Recursos Hídricos; 4) Aquática (Pesca Predatória e Segurança no Transporte Aquaviário); 5) Produtos Perigosos; 6) Fauna; 7) Centros de Saúde; 8) Flora; 9) Educação Ambiental; 10) Comunidades Tradicionais; 11) Gestão Ambiental; 12) Segurança de Barragens; e 13) Projeto Sede de Aprender.

Por: Gazeta Web