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SEMUDH ALERTA RESPONSÁVEIS SOBRE O CRESCIMENTO DO CONSUMO DE CONTEÚDOS MACHISTAS NA INTERNET

Denominado de “Red Pill”, grupos de homens atacam mulheres de forma agressiva nas redes sociais, em podcasts e programas de entrevista

Elida ainda repudia todo e qualquer material que aja em favor de qualquer tipo de violência e alerta aos responsáveis. Foto: Ascom Semudh



cicatrizes em relacionamentos futuros, o que pode acabar se tornando um ciclo de frustrações. Relacionamentos frustrantes também podem promover esse discurso agressivo e injustificável contra as mulheres”, explicou a psicóloga.


Internet não é terra sem lei

Recentemente, um desses influenciadores ameaçou de morte, por meio de rede social, uma atriz que debochou de homens que têm discurso de ódio contra mulheres. “Vc (sic) tem 24h para retirar seu conteúdo sobre mim. Dps (sic) disso é processo ou bala. Vc (sic) escolhe”, disse. A atriz realizou um boletim de ocorrência em São Paulo após ameaça e ainda relatou ter recebido mais de dez ligações por parte do coach.

Para a superintendente de Polícias para a Mulher, Elida Miranda, os conteúdos reproduzidos por "red pillados" são crimes e eles precisam responder por incentivar a violência de gênero.

“A internet é um lugar de interações sociais e as pessoas precisam ser responsabilizadas pelo que fazem. Ela (internet) não pode ser usada para espalhar, estimular e incentivar a violência. A partir do momento que eles produzem conteúdos e comentários em que a mulher é vista como um objeto, isso precisa ser impedido”, disse.

Elida ainda repudia todo e qualquer material que aja em favor de qualquer tipo de violência e alerta aos responsáveis. “Os pais e mães podem sim impedir seus filhos menores de idade de assistir esses conteúdos, além da responsabilidade de quem produz em indicar a classificação indicativa para pessoas que possam construir suas opiniões e embasamentos do que está sendo dito. Também existem os próprios mecanismos das plataformas de denúncias para que aquele conteúdo abusivo seja retirado, pois apologia ao ódio e ao preconceito não é liberdade de expressão”, concluiu.